quinta-feira

Snoopy e sua turma






Uma turma de garotos e garotas, cada um com uma personalidade bem marcante vivendo seu dia dia e aprendendo a lidar com os problemas da vida. Os protagonistas desse desenho são o garoto Charlie Brown (Minduim para os íntimos) e seu genioso Beagle, o cachorro Snoopy. Parece que para Charlie Brown as coisas sempre eram mais difíceis, enquanto seu cachorro fazia questão de se exibir fazendo mil peripécias e agindo como um ser humano.

Quem não se lembra do Linus, o melhor amigo do Charlie Brown, que não largava seu cobertor azul por nada, ou que tal a irmã do Linus, a Lucy, sempre mandona, implicante e pronta a humilhar o pobre Minduim. Isso para não falar dos demais personagens, tais como o Schroeder que estava sempre a tocar seu piano e adorava Beethoven, ou a Patty Pimentinha que tinha um jeito de menino mas tinha uma queda pelo Charlie Brown e sua fiel amiga Marcie que sempre a chamava por "Meu", ou a Sally, irmã do Charlie Brown que era perdidamente apaixonada pelo Linus ou até mesmo aquele passarinho amarelo que estava sempre junto ao Snoopy, o Woodstock !

As aventuras dessa turminha mostram de uma forma bem leve e simpática os "problemas" que as crianças passam durante sua infância. Cada personagem tem uma característica toda própria, tornando cada um deles especial. Snoopy é um animal tão esperto que até parece uma das crianças da turma. Ele joga beisebol, participa de aulas na escola e até dá palpites que ajudam nos assuntos da garotada. Charlie Brown, além de ser o dono do Snoopy, é o garoto mais bonzinho e azarado da turma. Normalmente, vive sendo atormentado pela garotinha Lucy. E por falar em Lucy, ela é a mandona da turma: todo problema ela resolve no grito e quando não está na aula, está vendendo conselhos de psicanálise em sua barraquinha de limonada. Sally é a irmã mais nova de Charlie Brown e é super gamada pelo garoto Linus. Ele, além de irmão da Lucy, é o intelectual do grupo e não desgruda de seu cobertorzinho azul.O músico da garotada é o Schroeder. Toca as sinfonias de Beethoven sem o menor problema.Patty Pimentinha é a revolucionária do grupo e amiga inseparável de Marcie que, por sua vez, tem uma quedinha por Charlie Brown. Por fim, Woodstock é o passarinho companheiro de aventuras de Snoopy.
Todos os episódios dessa criançada esperta são embalados por músicas instrumentais que ficam tocando ao fundo, dando um toque bem legal às cenas.
Não dá para resistir a um desenho tão inteligente e bem feito como esse.

domingo

Impulse


Je vais t'aimer
Tant et seulement
De façon si intense
Comme l'eau
D'une chute
Qui se jette
Sans connaître son cours.
Je vais t'aimer dans une impulse!...
Sans vouloir savoir si à la fin
Il restera quelque chose de moi.

Je vais t'aimer
Sitôt comme femme
Sitôt comme poète,
Avec romantisme
Et fantaisie,
T'aimer nuit et jour,
Sous la lune ou sous le soleil,
Avec passion
Et des vrais sentiments,
Sans mot dire...
T'aimer à toi simplement
Sans vouloir savoir du après.


T'aimer dans une impulse!...
Avant que je te laisse,
Avant que je disparaisse
Et te quitte dans ma fatigue.
Avant que ne me me dise, à moi,
Pas sans grande tristesse,
Que je ne sais plus aimer..

Art Nouveau



Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX.

O estilo Art Nouveau é caracterizado pela sua ruptura com as tradições que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitetura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo que era destituído de quaisquer preocupações ideológicas e independente de quaisquer tradições estéticas.

Pretendendo-se como nova arte, o estilo procura ainda rejeitar as formas meramente funcionais envolvidas em todos os objetos decorativos provenientes da produção em massa e adere às formas sinuosas, curvilíneas.

Portanto tal estilo teve principal influência sobre a arte decorativa do início do século e ainda sobre a arte arquitetônica, na qual grandes nomes da arquitetura moderna se utilizaram deste estilo, como por exemplo o arquiteto espanhol Gaudi.

Também na pintura, o estilo esteve relativamente presente nas obras de personalidades artísticas como Vasili Kandinsky e Franz Marc. O estilo teve seu período de sucesso entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX, em que é substituído paulatinamente pelo estilo Art Deco e definitivamente abandonado por ser considerado um estilo já ultrapassado.

sexta-feira

John Constable













John Constable nasceu em 11 de junho de 1776, Bergholt, Suffolk. Estudou na Dedham Grammar School e ao deixar a escola, trabalhou um período com seu pai, apesar de seu coração não estar ali.

Em 1799 convenceu então seu pai a mandá-lo para a Royal Academy em Londres para estudar arte. Em 1816, Constable conquistou sua segurança financeira com a morte de seu pai. Casou-se com Maria Bicknell contra a vontade da família dela e foram muito felizes. Com a morte de sua esposa, em 1828, caiu numa profunda depressão e seus trabalhos tornaram-se mais escuros passando um ar de lamento.
Foi um dos artistas pioneiros na percepção e estudo da mudança dos efeitos da luz e condições atmosféricas na arte. Constable, que fez da natureza seu tema principal, dedicou-se à compreensão e desenvolvimento de novos caminhos para descrever a mutação.
O céu principalmente o encantou devido às mudanças de luminosidade na natureza as quais governam tudo. Marcou fortemente esta sua obsessão com estudos das nuvens e da abóbada celeste. Ele também experimentou diferentes técnicas com folhas molhadas e sereno capturando novos efeitos para retratá-los em seus trabalhos.
Constable tinha grande afinidade com a poesia e ocasionalmente exibiu seus escritos.
Constable ganhou reconhecimento da sua obra lentamente, primeiro na França e depois na Inglaterra. Faleceu em 1837 e foi um inspirador fundamental para os pintores do Romantismo e pintores de paisagem de forma geral.

terça-feira

Brasil Tupi



Em 1500, quando os portugueses chegaram às terras brasileiras, havia cerca de 5 milhões de nativos vivendo aqui.Chamados
genericamente de índios, dividiam-se em 1.300 povos distintos.
Que travou contato com os europeus,foram os povos do tronco lingüistico tupi, que habitavam a faixa lotorânea.
Os tupis deslocavam-se continuamente de leste para oeste,porque buscavam um lugar de abundância e imortalidade, divulgado por seus profetas como a Terra sem mal.Assim,uma das características de sua organização social era o comportamento nômade ou semi-sedentário.
Viviam em aldeias circulares conhecidas como tabas e os homens eram responsáveis por sua defesa.A pesca,a caça,a construção e a confecção de armas e canoas também eram atividades masculinas.
As mulheres coletavam e cuidavam das roças de mandioca,milho e feijão;
teciam,cozinhavam e faziam a cerâmica.
As crianças e os idosos eram muitos respeitados.
Os principais líderes das comunidades eram o chefe guerreiro,responsável pela organização militar da aldeia, e o pajé, curandeiro e líder espiritual.
Entre os indígenas brasileiros não existia a propriedade privada da terra, nem o comércio; porém, eram muito comuns as trocas rituais de presente.
Havia disputas entre as diferentes comunidades indígenas e a guerra era vistacomo uma forma de vingar antepassados e de capturar guerreiros par serem sacrificados em rituais antropofágicos.
Comer a carne de um combatente inimigo era uma forma de adquiri sua qualidades guerreiras.
Desde o contato com os portugueses, a partir do século XVI, essas comunidades indígenas foram dominadas e exterminadas pela escravidão e pelas novas doenças, como a gripe e a varíola.
Ocorreu um terrível genocídio: hoje se calcula que existam 370 mil indígenas, agados em 222 povos que lutam pelo direito de preservar sua vida e sua cultura.

quinta-feira

A Arte Grega

A arte grega, assim como em outros lugares, é a representação da realidade, cuja manifestação é sempre precária e fragmentada. O povo grego cultivava a arte pela arte, porque o cidadão pertencia, antes de qualquer coisa, à política e menosprezava a sua dignidade se fizesse da arte uma produção, um meio de sustento. Para os helênicos, a natureza era a norma e a ciência dava a virtude.
Na Grécia, a beleza e a racionalidade do universo eram as manifestações mais elevadas do Bem.

Durante o segundo milênio ac, vieram da Ásia Menor povos indo-europeus, que iniciaram o período Minóico. Partindo de Creta, espalharam sua cultura com muita facilidade devido ao comércio marítimo. Uma era de invasões, emigrações e conflitos acabaram com a civilização pré-helênica dos últimos séculos deste milênio. A invasão dos dórios marcou a transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Deste modo, reuniram-se todos os ingredientes que eram necessários para a formação do que viria a ser a Grécia Clássica, começando, assim, o período arcaico.

O estilo geométrico surge no primeiro período da arte grega (1000 – 700 ac). Percebe-se uma disputa entre linhas retas e curvas. Este novo estilo, o Arcaico, mostra-se claramente na cerâmica e na arquitetura. De maneira limitada e repetitiva, surgem às figuras de animais e monstros mitológicos, além de imagens do homem nu, o atleta, e da mulher vestida, lembrando uma deusa.

Ao que se refere às terracotas, os gregos aprenderam esta arte por volta do século VII ac, manifestando-a principalmente com a figura feminina. A última fase da cerâmica geométrica produziu grandes vasos de um estilo robusto, bastante conhecidos, que prestava a maior atenção à pintura de homens e animais. Durante o século VI viu-se um considerável progresso e surgiram os mais grandiosos exemplares da cerâmica de figuras negras, desenhadas com um verniz opaco e muito escuro.

A invasão da Grécia pelos persas e as lutas que os gregos tiveram que enfrentar destruíram grande parte da arte arcaica. Após as guerras, Atenas foi reconstruída. A proeza da vitória foi devida aos deuses, o que ocasionou a construção de inúmeros templos, que juntamente com as novas estátuas, indicam a familiar fisionomia do período Clássico (480 ac). A arte grega desta época mostrou-se naturalista. Por um princípio estético, o corpo humano nu se percebe como uma construção, com suas linhas muito claras.

Um pouco de Claude Monet









Claude Oscar Monet nasceu em Paris, no dia 14 de novembro de 1840. Seu pai era comerciante de secos e molhados e queria que o filho tivesse uma profissão. O destino decidiu o contrário. Quando Monet estava com cinco anos, a família se mudou para Le Havre, um agitado porto marítimo na desembocadura do Sena, perto das espetaculares rochas brancas de Etretat e Fécamp. O jovem Monet ficou excitado com o movimento das embarcações e com os variantes humores do mar - eles atraíam seu temperamento naturalmente volátil e sentimental.



No final da adolescência, ele conheceu Eugène Bodin, pintor que tinha uma loja de pigmentos em Honfleur. Bodin viu alguns desenhos do jovem Monet e o encorajou a pintar e, o que é mais, a pintar ao ar livre, método não muito comum numa época de pintores de ateliê.



Entusiasmado com a idéia de ser pintor, Monet foi para Paris, ingressando na Académie Suisse e no estúdio Gleyre. Ambos os lugares eram sementeiras para novas gerações de pintores e ali Monet conheceu Bazille, Pissaro, Renoir, Sisley e outros, os dois últimos se tornara seus amigos para o resto da vida.



Durante muito tempo Monet foi considerado, como Cézanne observou, "meramente um olho, mas que olho", traduzindo para as telas as imagens diante dele. Cézanne foi um pintor intelectual, criador de uma teoria que se tornou a base da arte moderna; quando ele chamou Monet de "meramente um olho", não quis dizer o olho mundano através do qual a maioria de nós vê o mundo. O olho de Monet era o olho de um pintor, um olho com uma mente criativa por detrás, interpretando a realidade aparente e colocando-a no contexto das idéias do pintor, criando assim uma nova visão para o espectador.


A abordagem do mundo por Monet seguia linhas venezianas em vez de florentinas: ele interpretava o mundo através da cor e não do desenho. Seus ancestrais são Ticiano e Claude, e não Michelangelo e Poussin. Como seus predecessores, Monet descobriu que a cor tem suas próprias razões, assim como o desenho, a cor rompe as nítidas exigências da linha. Monet buscava a verdadeira realidade por trás da aparência visual esticando a cor até seu limite e procurando, na própria natureza, aquelas nuanças significantes que expressam a realidade do mundo.



Em 1870, Monet casou-se com Camille Doncieux e os dois foram para Trouville passar a lua-de-mel. De lá, Monet foi até Le Havre e, por motivos que ninguém soube explicar, mas que provavelmente estavam relacionados com o medo de ter que se alistar no exército francês, viajou para a Inglaterra no início da Guerra Franco-Prussiana. Sua mulher teve que ser resgatada por Boudin e enviada depois dele.


Em Londres, para onde Pissaro também fugira, Monet pintou suas primeiras cenas londrinas. Terminada a guerra, ele e a mulher voltaram para a França, em 1872, e fixaram residência perto de Paris, à beira do Sena, em Argenteuil. Ali, Monet iniciou um fértil período de pinturas e discussões sobre arte com seus amigos Renoir, Manet e Sisley. Em 1878, mudou-se novamente para a vizinha Vétheuil. Foi ali que Monet fez amizade com um rico negociante, Ernest Hoschedé e sua esposa, Alice, que se tornaram admiradores de seus quadros. Quando os negócios de Hoschedé foram abaixo, ele desapareceu deixando a mulher e os filhos com Monet.


No ano seguinte, sua amada esposa Camille, morreu de tuberculose meses depois de ter dado à luz o seu segundo filho. Monet registrou o seu leito de morte em um quadro extraordinário. Depois da morte de Camille, o inquieto Monet fez várias viagens à Riviera francesa e à italiana, à Normandia e à costa atlântica da França. Onde ia, pintava, mas não estava contente com o seu trabalho. Temas diferentes não eram a resposta; o importante era a pintura em si, o significado da realidade através da cor.


Monet acabou voltando para o campo perto de Paris, alugando e depois comprando uma casa em Giverny onde começou a plantar um jardim onde pudesse pintar. Em 1891, começou a sua famosa série de montes de feno nos campos circunvizinhos, em todas as épocas do ano e condições climáticas. Um ano depois, começou a sua igualmente famosa série de quadros da Catedral de Rouen. Ao mesmo tempo, pintou várias vezes o seu jardim em Giverny.


Alice Hoschedé já compartilhava da vida de Monet há alguns anos: as cartas que lhe escreveu sobre as excursões para pintar, e sobre seus medos e esperanças, dão uma visão maravilhosa da mente do artista. Quando o marido dela morreu, em 1892, Alice e Monet se casaram.


Monet entrou numa fase feliz e produtiva da sua vida. Seus trabalhos foram aceitos pelo Salão Oficial e não lhe faltava dinheiro. Viajava para a Noruega, Veneza, Londres, mas seu lar, tanto doméstico quanto artístico, era em Giverny.A morte de Alice, em 1911, deixou-o só e desolado, e ele estava tendo dificuldades para enxergar. Depois de uma operação de catarata, e usando óculos especiais, pôde continuar trabalhando e foi incentivado por Georges "Tigre" Clemenceau a terminar a grande série de nenúfares que o governo francês adquiriu. Embora aclamado como um grande pintor fanês, o próprio Monet, como a maioria dos artistas, jamais sentiu ter alcançado a perfeita realização de suas idéias. Morreu no dia 5 de dezembro de 1926.

sexta-feira

A origem do Gato


A família dos felídeos existe na Terra há milhões de anos,
e os primeiros gatos domesticados pelo homem viveram no Egito
antigo há cerca de 5.000 anos. Eles eram usados para o controle
de pragas devido à sua extraordinária força, agilidade e
determinação para a caça, sendo considerados sagrados como
os deuses e adorados como companheiros. A primeira espécie
domesticada foi o Felix libyca (atual gato selvagem africano).




Do extremo oriente, o gato popularizou-se na China e
Itália, conquistando então toda a Europa. Sofrendo, na Idade
Média, uma forte campanha de extermínio, pois supersticiosos
acreditavam que as bruxas podiam se transformar em gatos, pelo
seu comportamento perspicaz e inteligente. No século XVIII,
porém, a presença dos gatos passou a ser constante nos lares e
no final do século XIX aconteciam as primeiras exposições. A
espécie doméstica que se popularizou é a Felix catus ou gato
doméstico.




Ao contrário do cão, o gato conserva mais fielmente suas
origens. Os instintos de caça, a sutileza, a atenção que presta
aos arredores, a excelente visão e a captura melindrosa e lúdica
que praticam, fazem do gato um animal bem próximo dos seus
parentes silvestres, sendo muitas vezes considerado traiçoeiro e
desapegado, embora seja um ótimo companheiro, aprecie um
bom carinho e proporcione um ar de tranqüilidade e elegância na
casa. Para tornar-se amigo de um gato, basta respeitar a sua
natureza, entendê-lo e tratá-lo atenciosamente, de acordo com as
suas verdadeiras necessidades.

Vampiro Doidão Raul Seixas


One, two, três, quatro

Puta que pariu, meu gato pois um ovo

mas gato não pôe ovo,

puta que pariu de novo

eu sou o vampiro doidão

eu sou o vampiro doidão

quero morrer todo peladão

Princesa Isabel se amarra num negão

fumou um baseado

e aboliu a escravidão

eu sou vampiro doidão

eu sou vampiro doidão

de dia eu durmo

de noite eu fumo um baseadão

Dom Pedro I rapaz inteligente

fumou uma ervinha

e nos deixou independente

eu sou vampiro doidão

eu sou vampiro doidão

Só faço sexo dentro do caixão

Diego Maradona joga pra Argentina

Não sabe se é craque ou ainda é cocaína

eu sou vampiro doidão

eu sou vampiro doidão

Só bebo sangue de menstruação

Santos Dumond um cara quadradão

fumou um baseado e inventou o avião

eu sou vampiro doidão

eu sou vampiro doidão

Soy mui locão e overdose é 'bão'

Na casa da minha avó não tinha baseado

Fiquei desesperado

e fumei capim com cravo

eu sou vampiro doidão

eu sou vampiro doidão

eu fumo todas e não abro mão

domingo

quarta-feira

Tua Caminhada Charlie Chaplin



Não faças do amanhã o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás ...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

sábado

Picasso

Pablo Ruiz Picasso


Guernica(1937)


O artista espanhol Pablo Picasso (25/10/1881-8/4/1973) destacou-se em diversas áreas das
artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX.





Iniciou seus estudos de pintura com seu pai, mestre em desenho e em 1895 foi estudar na Escola de Arte de Barcelona. Em 1897 foi para a Academia de Madri e em 1900 conheceu Paris, mudando-se para lá três anos mais tarde.





Entre 1917 e 1924, Picasso desenhou trajes e decorou vários ballets. Interessou-se pelo Surrealismo no ano de 1925, mas nunca chegou a se tornar um membro oficial.





Na infância, reproduzia episódios de touradas, tema de sua primeira obra – O Toureiro -, uma pintura a óleo sobre madeira, executada quando o artista tinha oito anos. Mais tarde, inclusive, criou outra tela semelhante - A morte da mulher destacada e fútil, símbolo de sua relação com as mulheres. Aliás, na história de Picasso, seu envolvimento com as mulheres e sua produção artística estão intrinsecamente ligados, e a cada novo relacionamento ele começa a trilhar uma vereda artística renovada.





No início do século XX, partiu para Paris, cidade em que se instalou em 1904 e onde recebeu a influência de Gauguin e Toulouse-Lautrec (período azul, com obras de tema popular, e período rosa, centrado no mundo do circo). Na primavera de 1907, pintou na capital francesa As Senhoritas de Avignon, quadro com que rompe com a profundidade espacial, ao representar as figuras numa simultaneidade de planos, e inicia, assim, seu período cubista.





Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e outros artefatos. Picasso trabalhava exaustivamente durante a noite, até o dia amanhecer. Mas não lhe faltou tempo para criar um grupo de amigos famosos nos bairros parisienses de Montmartre e Montparnasse – André Breton, Guillaume Apollinaire e a escritora Gertrude Stein. Apesar do sucesso da Fase Rosa, em 1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas esculturas da Península Ibérica e da África, é quando ele pinta Les Demoiselles d'Avignon, trabalho pioneiro da arte moderna. Sua obra passa então a sofrer intensa influência das artes grega, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que antecedeu o cubismo. Seu famoso retrato da amiga Gertrude Stein expressa uma face tratada em forma de máscara.





Versátil demais para se fixar em uma única forma, Picasso não chegou a produzir uma arte essencialmente abstrata, pois estava sempre à frente de seus contemporâneos, que reagiram com perplexidade quando o artista retomou seu estilo mais tradicional e logo depois, no princípio da década de 20, optou por um caminho neoclássico, justamente quando o pintor, recém-casado com a bailarina Olga Koklova, modificara seu modo de vida, agora abusivamente afortunado e convencional, embora extremamente tedioso para Picasso.Aos 87 anos, o artista ainda tem vigor suficiente para resgatar o estilo de sua juventude. Com fôlego invejável, ele produz em sete meses 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro, do erotismo.




Alguns anos depois, após uma cirurgia da próstata e da vesícula, com a visão imperfeita, Picasso encerra sua produção artística. Seus 90 anos são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre, assim o artista em tudo pioneiro também nesse momento realiza um feito inédito – torna-se o primeiro artista vivo a expor suas obras na grande galeria deste famoso Museu.




O pintor parte deste mundo em 8 de abril de 1973, na cidade de Mougins, na França, aos 91 anos, legando ao planeta uma vasta herança artística, cultural e existencial. Destaca-se deste patrimônio sua obra mais conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica, em exposição no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.

"Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar."


"A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade."

Pablo Picasso

segunda-feira

Cleopatra




Cleopatra- a verdadeira história


Cleópatra foi uma das mulheres mais poderosas, determinadas e complexas da história - com qualidades nem sempre reconhecidas e defeitos muitas vezes inventados por seus inimigos romanos.
Para começo de conversa, ela não era egípcia, mas grega. Também não era bonita, escreveu Plutarco, historiador grego. "Mas tinha uma voz musical, um encanto e força de caráter que eram capazes de tornar sua companhia agradável”.De fato, esculturas e moedas recém descobertas mostram-na atarracada e nariguda, e sua trajetória prova que não lhe faltavam nem carisma nem inteligência para governar. Saqueou templos, é certo, mas usou o ouro para salvar seu exército. Falava nove línguas e foi a primeira soberana de sua dinastia a aprender o egípcio - na corte, o idioma era o grego. Vaidosa, usava maquiagem pesada e tinha grande cuidado com a pele.

Seus interesses, porém, não se limitavam à arte do embelezamento. Datam de seu reinado, obras sobre ginecologia, pesos, medidas, cunhagem de moedas e alquimia. Bárbara depravada aos olhos dos romanos, ela quase certamente teve apenas dois parceiros sexuais, escolhidos com visível interesse político. Seduziu César para que ele a ajudasse a reconquistar o trono. Ele, por sua vez, precisava de dinheiro para bancar suas expedições militares, e não havia "banco" melhor do que as riquezas do Egito. Tornaram-se amantes. Talvez por esse laço sexual, talvez pela hostilidade do ministério de Ptolomeu XIII em relação a Roma, Júlio César tomou o partido de Cleópatra na sua luta pelo poder. Arranjou que se casasse com o irmão mais novo, Ptolomeu XIV - Ptolomeu XIII fora encontrado no fundo do rio Nilo, em sua armadura de ouro, sem maiores explicações -, e conduziu-a de volta ao trono. Para comemorar, os dois fizeram um passeio na barcaça real pelo Nilo.

Não foi o cruzeiro de amor pintado nos filmes, mas um desfile político, uma exibição para o povo da recém-confirmada monarquia e da aliança da rainha com o homem mais poderoso de Roma. Na verdade, o casal não teve tempo para o lazer. Alguns historiadores acreditam que Júlio César só passou duas semanas ao lado dela, partindo logo do Egito e deixando-a grávida. Um ano depois, Cleópatra, o irmão rei e o filho, a quem deu o nome de Ptolomeu César, chegaram a Roma - lá, ficaram hospedados por um longo período no palácio de Júlio César, que nunca reconheceu publicamente a paternidade. Quando ele foi assassinado, em 44 a.C., ela voltou com a família para Alexandria e logo ficou viúva. Não existem provas de que tenha mandado matar o irmão, mas também não se pode descartar a possibilidade.

Nos anos seguintes, reinou com dedicação. Tudo indica que foi uma astuta diplomata, uma eficiente economista e uma negociadora firme. Para quem assumiu o poder no rastro de uma guerra, seu reinado foi um período de paz. Em 41 a.C., Marco Antônio, que depois da morte de Júlio César ganhara a porção oriental do império romano, exigiu a presença da rainha do Egito em seus domínios. Já consagrado como grande comandante militar e político hábil, ele tinha um plano: ressuscitar o projeto de César de atacar o Império Pártia - que corresponderia hoje, grosseiramente, ao Iraque e Irã. Mas como bancar uma campanha desse vulto? Mais uma vez, a resposta estava nas riquezas do Egito. Apesar do tom nada amistoso da convocação, a rainha não se intimidou.
Escolheu a rota e o momento para fazer uma entrada triunfal em Tarso, na Ásia. Subiu o rio Cidno em uma barcaça adornada com ouro, prata, tecidos purpúreos, envoltos em nuvens perfumadas e acompanhada de belas moças e moços seminus. Vestida de Vênus estava deitada sob uma espécie de tenda, com meninos fantasiados de cupido aos seus pés.

Às margens do rio, a multidão ia se formando, aumentando o suspense de sua chegada. Provavelmente, ela própria espalhara gente para ter certeza de que o espetáculo não seria em vão. Boa de marketing fez os rumores de sua presença chegar à cidade. Queria mostrar opulência. Sua segurança e a do Egito dependiam dessa aliança com Marco Antônio. Por isso, exibiu seu poder econômico sem pudor. E o plano deu certo. Tornaram-se amantes e também trataram de negócios. Cleópatra concordou em custear a expedição de Marco Antônio contra o Império Pártia, contanto que ele eliminasse vários de seus oponentes, inclusive sua irmã Arsínoe, que, mesmo exilada em Éfesos, insistia em se proclamar rainha do Egito. Como nenhuma campanha poderia começar antes da primavera, Marco Antônio foi passar o inverno em Alexandria.

Cleópatra não poupou esforços para impressioná-lo com o brilho de sua corte. Ele, que tinha reputação de ser um grande farrista, se divertiu muito com sua nova aliada e amante. Mas partiu alguns meses depois, ficando três anos longe dela. A rainha passou a ocupar-se então dos filhos - inclusive os de sua união com Marco Antônio, o casal de gêmeos Alexandre Hélio e Cleópatra Selena - e do seu reinado. Fez acordos lucrativos com os árabes quanto aos direitos sobre o petróleo; arrendou ao rei Herodes, da Judéia, as terras que recebeu de Marco Antônio ao redor de Jericó; demonstrou, enfim, estar mais interessada nos negócios do que nos prazeres da carne. Enquanto isso, Marco Antônio ficou viúvo, casou-se de novo, deixou a segunda mulher e a aliança com Roma, mandando chamar a rainha para juntar-se a ele. Precisava saber se o apoio do Egito continuava garantido e, provavelmente, queria rever a amante e conhecer os filhos. Cleópatra exigiu vastos territórios, e ele concordou com tudo. Não por estar loucamente apaixonado, mas em troca de uma frota armada e de ajuda para manter seu exército. E assim voltaram a ter relações sexuais. Uma vez mais passaram o inverno juntos, uma vez mais ele partiu por um tempo, deixando-a grávida...

Quando as legiões romanas esmagaram as forças de Cleópatra e Marco Antônio, eles preferiram a morte. Ele jogou-se sobre sua espada. Ela foi encontrada morta, sentada no seu trono de ouro, em roupas de rainha. Diz a lenda que picada por uma cobra que lhe fora trazida num cesto de figos - mas até a sua morte é um mistério. É possível que tenha sido realmente assim ou talvez guardasse algum veneno já preparado. No seu corpo, havia apenas uma marca, de dois pequenos arranhões no braço. Morreu serena, como uma deusa, a reencarnação de Ísis, tal qual seus súditos a consideravam.









A "Carta de Caminha"....507 anos depois!

No Modernismo brasileiro de 1922 ( e depois no movimento tropicalista de Gilberto Gil e Caetano Veloso,assim como na obra de vários poetas contemporâneos),temos uma retomada do século XVI,uma tentativa de redescobrir o Brasil.Descobrir tanto no sentido de desnudar,atirar fora a capa que encobre a verdade,como no sentido de ver pela primeira vez.Manifestações de um nacionalismo crítico,de volta às origens para repensar a história a a literatura brasileiras,mesmo que para isso,muitas vezes,se faça uso da poderosa arma da ironia
.
Dessa forma,vários artistas reescreveram trechos da "Carta" de Caminha ironizando o espanto dos europeus,realçando as belezas e riquezas da terra e,principalmente,exaltando a pureza do estado natural dos índios,que não sabiam o que era escravidão,nem pecado,nem muito menos o que era sífilis.

Transcrevo,a seguir,alguns fragmentos de textos que recriaram a "Carta" quatrocentos anos depois:

A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço.
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.

Reforçai,Senhor,a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui.
(Murilo Mendes)

Os Selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
e não queriam pôr a mão
E depois a tomaram como espantados
(Oswald de Andrade)

As galas da terra
Vo-las contarei
Se a tanto engenho
Ou arte me ajudarem,
Senhor meu El-Rei.
E logo topamos
Com u'a estranha grei:
Pardos,todos nus,sem coisa alguma
Cobrindo-lhes o pêlo,
Senhor meu El-Rei.

A língua se me abrase.
Das donas falarei.
Ai vergonhas tão altas e cerradas,
Tão limpas,tão tosadas,
Senhor meu El-Rei.

Tanta inocência prova
O que me afigurei:
Que qualquer cunho neles
Se há de imprimir,querendo
O Senhor meu El-Rei.

De ouro,ferro e prata
Nada vos contarei,
Mas terra em tal maneira
Graciosa,é de valia
Ao Senhor meu El-Rei.
(José Paulo Paes)

terça-feira

Esgrima


ESGRIMA

É a arte de utilizar-se de florete, sabre e espada para ataque, defesa e contra-ataque. Porém, esgrima é muito mais que uma definição. Ela é um estilo de vida, uma maneira de buscar auto-superação física e mental. É, sem dúvida alguma, o xadrez jogado na velocidade da luz.



A esgrima é excelente para o lazer de pessoas de todas a idades. Unindo de forma única a energia da luta e a emoção do duelo com classe e elegância, ela é um ótimo antiestressante, pois leva o praticante a concentrar-se apenas no combate, esquecendo de todo o resto. É também excelente para a aquisição de concentração, autoconfiança e poder de decisão.O esgrimista é um indivíduo confiante, elegante, e acima de tudo, com um físico saudável.



O termo "Esgrima" vem de escrime, originado da palavra germânica "skirmjan".
O objetivo da Esgrima atual é preparar o praticante para demonstrações e campeonatos, já que o duelo está proibido em todo mundo. A principal condição para esgrimir corretamente é tocar o adversário sem ser tocado, através de movimentos ordenados.



Temos três períodos: Antigo, Moderno e Contemporâneo.



O Antigo foi marcado por uma Esgrima de impacto, causado pelo choque de pesadas espadas nos oponentes, levava-os primeiro ao chão para depois matá-los.



Como proteção, utilizavam grandes e resistentes armaduras, com um pulôver tecido em fios de ferro e aço, usado por debaixo protegendo contra flechadas e confrontos contra machado, bastão e lança.



O Período Moderno foi marcado pelo desenvolvimento da técnica e pelos Tratados escritos.



O desenvolvimento da proteção da face, a Máscara, marca o Período Contemporâneo que permanece até nossos dias.



A esgrima participa dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição na era moderna – Grécia em 1896 – já como esporte de competição.



Hoje em dia, a esgrima é praticada por crianças e adultos, de ambos os sexos e sem limite de idade, permitindo a diversão através deste esporte que utiliza a inteligência e a destreza de movimentos, na busca de "tocar sem ser tocado".
Neste final de século, os países que mais se destacam são França, Itália, Hungria, Polônia, Alemanha, Rússia além de Cuba e China, que são os mais recentes.
A esgrima é composta por três armas (Florete, Sabre e Espada).



ESPADA



O toque é dado com a ponta da arma e é válido em todo o corpo.
Quem tocar primeiro ganha o ponto.
A lâmina é de seção triangular com no máximo 90cm.



FLORETE



Também toca de ponta e é válido apenas no tronco.
O florete apresenta algumas diferenças na regra diante da espada, dentre elas a que mais se ressalta é a de que se os dois esgrimistas tocarem juntos, o toque é dado ao esgrimista que estiver ganhando a frase d'armas, ou seja, áquele que estiver atacando, ao contrário da espada, onde o toque é dado aos dois.
A lâmina também mede 90cm e é de seção quadrangular, porém é mais fina do que a lâmina da espada.



SABRE



O sabre toca de ponta e de corte (lado) acima da cintura, e assim como o florete tem a vantagem do toque para quem está atacando.
A lâmina mede no máximo 88cm e é de seção retangular.



Em um campeonato, em primeiro lugar é dividido os grupos (escolhidos através do ranking), em seguida jogam-se os grupos (em combates que vão a cinco) que classificam para as chaves eliminatórias (em combates que vão a quinze) até que se chegue ao grande campeão.

Um pouco da história do "pergaminho"


Pergaminho

É o nome dado a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha, preparada para nela se escrever.Sua origem vem do processo de preparação de couros que serão usados como material de escrita que se aperfeiçoou de maneira notável em princípios do século II de nossa era, por obra de Eumenes II (197-158 da era comum), rei de Pérgamo, O seu nome deriva do nome da cidade onde se terá fabricado pela primeira vez: Pérgamo, na Grécia. Ásia Menor. Assim a arte de preparar o couro passou logo à Grécia e dali á Itália, de onde se difundiu a toda Europa, tendo os monges parte principal e ativa nessa difusão.

Foi utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média, até à difusão da invenção chinesa do papel.

Quando a sua qualidade,eles são feitos de peles delicadas de bezerros ou cordeiros, eram chamados de velino . As peles de vaca e de veado eram as menos apreciadas para a escrita, por sua excessiva grossura Estas peles davam um material de escrita fino, macio e claro, usado para livros importantes As mais apreciadas para fins códices eram as de vitela, ovelha e cabra. A vitela era suficientemente grossa para se poder escrever nas duas faces e permitia emendas e rasuras, sem correr risco de deterioração. O mesmo não acontecia com o papiro, que, por ser muito fino e devido às desigualdades de sua superfície, permitia a escrita só de um lado.

O Papiro é uma planta aquática considerada sagrada e fartamente encontrada no delta do Nilo. Era utilizada principalmente na produção de papel no Egito antigo. O talo do papiro pode atingir até 6 metros de comprimento. A flor da planta, composta de finas hastes verdes, lembra os raios do sol e é exatamente por ter esta analogia com o sol, divindade máxima desse povo, que o papiro era considerado sagrado. O miolo do talo era transformado em papiros e a casca, bem resistente depois de seca, utilizada na confecção de cestos, camas e até barcos.

Para a conservação da literatura clássica, o pergaminho foi utilizado em Roma, para produzir obras literárias, no primeiro século de nossa era, e os gregos o haviam empregado ainda antes. A partir do século IV da era comum, as literaturas grega e latina haviam sido transferidas dos rolos de papiro, originais, para códices de pergaminho preparados em folhas de forma retangular.
Como nem todas as obras consideradas pagãs puderam ser transcritas em pergaminho, nessa época, ocorreram omissões e perdas lamentáveis, sobretudo entre as obras de autores gregos.

Os mosteiros cristãos mantinham bibliotecas de pergaminhos no período, onde monges letrados se dedicavam à cópia de manuscritos, devendo-se a essa atividade monástica a sobrevivência e divulgação dos textos clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente à época do Império Bizantino.

sexta-feira

"Eu" Charlie Chaplin



Eu

Eu já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também fui rejeitado, fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida...e você também não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a viva e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante.
Charles Chaplin

Decadência e Esplendor da Espécie

Não sei o que terá acontecido com a espécie humana.

Esta ausência de pêlos...Para os outros mamíferos a nossanudez pode parecer repugnante como,par nós,a nudez dos vermes.

E,depois,a nossa verticalidade é antinatural.Estas mãos pendendo,inúteis,são ridículas como as dos cangurus sentados.

Se fôssemos veludos e quadrúpedes,ganharíamos muito em beleza e,sem a atual tendência à adiposidade,poderíamos ser quase tão belos como cavalos.

Felizmente,inventou-se a tempo o vestuário,que,pela variedade e beleza(a par de sua utilidade em vista do fatal desabrigo em que ficamos)redime um pouco esta degenerescência.

E acontece que inventamos também o mobiliário,os utensílios:no caso vigente,esta cadeira em que escrevo sentado a esta mesa,à luz artificial desta lâmpada.

E ainda este ato de escrever,isto é,de expressar-me por meio de sinais gráficos,é mais uma prova da nossa artificialidade.

Mas quem foi que disse que eu estou amesquinhando a espécie?Quero apenas significar que,em face das suas miseráveis contigências,o homem criou,além do mundo natural,um mundo artificial,um mundo todo seu,uma segunda natureza,enfim.

O homem,esse mascarado...

Mário Quintana

quinta-feira

História do Cinema


No século XVIII, muitas pessoas experimentaram fazer aparelhos que fizessem um desenho apresentar movimento. Em 1832, Joseph Plateau, um cientista belga, criou o fenacistoscópio, primeiro aparelho a produzir a ilusão de movimento num desenho. Plateau colocou dois discos em dois diferentes eixos.
Desenhou ao longo da borda de um dos discos um objeto e no outro disco fez orifícios. Quando ambos os discos eram girados na mesma velocidade, quem olhasse, através dos orifícios, tinha a impressão de que os desenhos se moviam.

No final deste mesmo século, inventores da França, Inglaterra e Estados Unidos tentaram descobrir maneiras de fazer e projetar filmes; depois de vários fracassos, o sucesso veio para vários deles, quase ao mesmo tempo.

Em 1887, Thomas Edison começou a trabalhar em um aparelho para fazer com que as fotografias parecessem mover-se e só obteve sucesso dois anos depois, quando um norte-americano, Hannibal Goodwin, desenvolveu um filme à base de celulóide transparente que era resistente, mas flexível. Esta base podia ser coberta por uma película de produtos químicos sensíveis à luz. Podia-se tirar uma série de fotos com esse filme, que se movia rapidamente dentro da câmara. George Eastman, um pioneiro na fabricação de equipamento fotográfico, produziu o filme.

Utilizando o filme de Eastman, Edison e seu assistente William Dickson inventaram o cinetoscópio. Era uma espécie de gabinete onde 15 metros de filme rodavam em carretéis; a pessoa olhava através de um visor para o interior do gabinete e podia ver as fotos em movimento. Em 1894 o cinetoscópio era exibido em Nova York, Londres e Paris e surgiram então novos inventores que, se utilizando dos mesmos princípios daquele aparelho, desenvolveram câmaras e equipamentos de projeção mais aperfeiçoados.

Em dezembro de 1895, pela primeira vez um filme foi projetado publicamente em uma tela. Esta projeção foi realizada pelos irmãos Lumière e aconteceu num café parisiense. Foram cenas simples, entre elas a de um trem chegando a uma estação. Em poucos meses, todas as grandes cidades da Europa tinham filmes em exibição.

Todos os filmes eram feitos de um tamanho padrão, pois desta maneira um filme feito num país podia ser exibido em outro. Como o cinema era mudo, não havia problema de diferença de idiomas, era só trocar a legenda.

Em 1898, o cinema passou a contar histórias; eram pequenas cenas filmadas numa seqüência. Foi o diretor de cinema norte-americano quem primeiro fez um filme usando as técnicas cinematográficas atuais de contar uma história. Seu filme mais importante foi O Grande Roubo do Trem, em 1903, um filme de apenas 11 minutos, descrevendo um roubo de trem e a perseguição e captura dos assaltantes. Este filme foi um grande sucesso nos Estados Unidos, levando os americanos a criarem os nickelodeons: o nome vem do preço do ingresso, um níquel (nickel) de cinco centavos de um dólar, e da palavra odeon, de origem grega, que significa teatro. Os nickelodeons foram os primeiros cinemas públicos; a maioria deles eram armazéns transformados em cinemas, freqüentados em sua maioria por trabalhadores e imigrantes, que não sabiam ler ou escrever.

Nos primeiros anos da década de 1900, a maioria dos filmes americanos era feita em Nova York, mas logo viram que Los Angeles possuía clima e natureza mais favoráveis para a produção de filmes. Em 1911, foi construído o primeiro estúdio em um distrito chamado Hollywood. Outros estúdios foram aparecendo e a cidade ficou conhecida como a capital mundial do cinema.

Os primeiros atores do cinema não eram identificados pelo nome na tela; preferiam manter-se no anonimato. Ser ator de cinema era ser considerado um artista muito inferior ao do teatro. Entretanto, quando a famosa estrela teatral,
Sarah Bernhardt, apareceu em um filme, trabalhar no cinema passou a ser uma profissão respeitável. Charles Chaplin, Buster Keaton, Theda Bara e Rodolfo Valentino foram entre outros, artistas famosos do cinema mudo.
A partir de 1912, os americanos tentaram ampliar seu mercado de trabalho, atraindo a classe média para o cinema. Começaram então a filmar peças e romances mais conhecidos e contrataram grandes nomes do teatro.

Durante a 1ª Guerra Mundial, a produção européia quase parou por falta de matéria prima e de energia, mas os europeus queriam muito ver filmes, principalmente alegres, e assim os americanos aproveitaram-se da situação e entraram no mercado europeu.

Por volta de 1920, a maioria dos estúdios como a Columbia, a Metro, a Warner e a Universal já estavam instalados e a grande preocupação agora eram os grandes lucros; os chefes dos estúdios eram homens de negócio e não artistas e assim houve uma queda grande de criatividade. Por isso, a maioria das inovações ocorridas nesta década se deu na Europa. A Alemanha ficou conhecida pela brilhante utilização da técnica fotográfica: introduziu o uso do subjetivo nos filmes, possivelmente sua maior contribuição. Enquanto isso, os soviéticos tornaram-se os pioneiros em novas técnicas de montagem.

Poucos filmes usaram som antes de 1900; eles dependiam de uma ligação mecânica a um fonógrafo e era difícil sincronizar o som com a ação passada na tela. Em meados da década de 1920, foi criado um sistema que coordenava, com sucesso, o som de um disco com o projetor. Depois passou a ser usado um filme silencioso, com música e efeitos sonoros gravados em disco. Até que a Warner produziu em 1927, o filme O Cantor de Jazz com Al Jolson. Não era para ser falado, teria só efeitos sonoros e músicas. Porém, durante o processo de sonorização, Jolson pegou o microfone e disse o que costumava falar em seus shows: "Vocês ainda não ouviram nada". O incidente convenceu os diretores da Warner a substituir os quadros legendados do filme por diálogos falados. Al dublou quatro cenas e as canções. Era o fim do cinema mudo.

Nos primeiros anos, o filme sonoro constituiu um retrocesso: o cinema mudo estava no auge e com alta qualidade, enquanto os falados eram grosseiros e inseguros. Muitos astros e estrelas também tiveram problemas: suas vozes não se adaptavam ao cinema falado, ou pelo sotaque ou por serem, às vezes, muito agudas.

No início da década de 30, eram os filmes musicais, os de gangsteres e os filmes de terror que faziam um grande sucesso. Os métodos de som foram aprimorados e a partitura musical tornou-se muito importante.

Nesta mesma década, surgiram movimentos que tinham como objetivo lutar contra a dominação do cinema americano: foi a época do surrealismo cinematográfico, representado por Luís Buñel, nos filmes Cão Andaluz (1938) e A Idade do Ouro (1930).

Ainda em 1939, Orson Wells, o menino prodígio do rádio e do teatro, foi chamado para ir a Hollywood. Ele dirigiu filmes que marcaram a história do cinema e mostraram o caminho certo para os filmes sonoros, Cidadão Kane e Soberba. Neles foram usadas novas técnicas fotográficas, uma nova iluminação com sombras e a câmara acentuava o personagem e seus gestos. Wells também revolucionou o uso da trilha sonora: anteriormente, as partituras serviam apenas como acompanhamento do filme, passaram então a ser feitas para os filmes, refletindo mudanças no clima da história e para unir as cenas.

Grandes astros e estrelas surgiram nesta época e esta década terminou triunfalmente com o filme E o Vento Levou, dirigido por Victor Fleming, com Clark Gable e Vivien Leigh, nos papéis principais. Foi o mais longo feito até aquela época.

Na década de 40, a 2ª Guerra Mundial contribuiu com o surgimento na Itália de um estilo conhecido como neo-realismo, onde usavam cenários naturais e atores não profissionais. Eram filmes realistas, que mostravam as misérias das guerra e o problema da volta à paz. Surgiu então Roberto Rossellini, com Roma- a Cidade Aberta (1945) e Vitorio de Sica, com Ladrão de Bicicletas, seguidos por Antonioni e Fellini.

Na França, o acontecimento mais importante do pós-guerra foi o aparecimento de um grupo de jovens e talentosos diretores que iniciaram a "nouvelle vague". Tratavam da vida moderna francesa e colocavam os jovens como ponto central dos filmes; estes tinham um custo baixo e o estilo individual de seu diretor. Era um cinema de qualidade, comercial e de conteúdo existencialista. Seus representantes mais famosos foram: Jean Luc Goddard e François Truffant.

Esta quantidade variada de estilos espalhou-se pelo mundo chegando também à Europa Socialista, que apresentou uma grande renovação cinematográfica , em 1960. O Cinema Novo de Glauber Rocha, no Brasil, mostrou sua força cultural representando as inquietações políticas.

O cinema nas décadas seguintes fica um pouco parado; a televisão tinha tirado grande parte de seu público. Mas no fim da década de 80, o cinema americano ressurge com o filme de Steven Spielberg, ET. O filme arrecada milhões, o cinema ganha características mais populares e os produtores que tinham trocado o cinema pela televisão retornam sua produção, com o auxílio da propaganda e das novas tecnologias.