quarta-feira

Pensamentos de Charlie Chaplin



"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria."

"O verdadeiro significado das coisas se encontra na capacidade de dizer as mesmas coisas com outras palavras."

"Através do humor vemos no que parece racional ou irracional;no que parece importante ou insignificante.Ele também desperta o nosso sentido de sobrevivência e preserva a nossa saúde mental."

"Não preciso me drogar para ser um gênio para ser humano;mas preciso do seu sorriso para ser feliz."

" Muita gente me pergunta onde foi que me inspirei para criar a minha personagem. Na verdade, Carlitos aparece como sendo a síntese de muitos ingleses que eu via em Londres quando era jovem: tipos de pequena estatura, de bigodinhos pretos, roupas bem justas, e sempre portando uma bengala de bambu. A idéia da bengalinha foi a mais feliz de todas, pois foi ela que caracterizou a personagem e a tornou conhecida mais rapidamente. Desenvolvi o seu uso ao ponto de torná-la cômica por si só _ por exemplo quando ela se enroscava no pé de alguém ou puxava uma pessoa pelo ombro. Muitas dessas cenas acabavam por se tornar, inesperadamente, muito engraçadas."
Chaplin, Charles (1889-1977)
Ator e diretor inglês

segunda-feira

As pirâmides

As Pirâmides


Os antigos egípcio acreditavam na vida após a morte.É graças a esta crença que hoje sabemos tanto sobre sua civilização.A concepção de espírito daquele povo atribuía duas almas ao homem:Ba e Ka.O Ka era apenas um elemento de ligação com o corpo físico e,por isso poderia se decompor também.Para preservar o Ka e,assim,permitir que o Ba pudesse reencontrar o corpo quando necessário-uma vez que a morte era apenas a separação da alma do corpo físico-os egípcios desenvolveram a técnica de mumificação.Era um procedimento muito caro,conhecido por poucas pessoas,e somente os mais abastados tinham acesso a ele.


Os túmulos mais elaborado,construídos para sepultar o corpo dos nobres do Egito,chamavam-se mastabas e precederam as pirâmides.Acredita-se que as primeiras mastabas foram erguidas um pouco antes do período dinástico,por volta de 3500 a.C.A primeira pirâmide foi construída durante a Terceira Dinastia.O faraó Geser(ou Dsojer,como alguns preferem)ordenou a seu vizir,Imnhopet,que construísse uma enorme mastaba,hoje conhecida como a pirâmide de Degraus.O complexo funerário é,na verdade,um edifício composto por seis mastabas colocadas umas sobre as outras,começando com uma maior,na base,e terminando com uma menor,no topo.Especula-se que a intenção do arquiteto era que o monumento lembrasse uma escadaria para o céu.
Uma das últimas pirâmides encomendadas pelo faraó Snefru,já na quarta dinastia,por volta de 2600 a.C.,foi a primeira pirâmide "verdadeira",com as laterais listas,no mesmo estilo dos mais famosos monumentos do Egito.A pirâmide Vermelha fica em Dashur e tem este nome por causa da coloração rubra que assume ao por do sol.O ápice destas construções se deu com a pirâmide de Quéops,que,junto com as de Quéfren e Miquerinos,construídas entre 2600 a 25000 a.C.,aproximadamente,no planalto de Gizé,forma a única das sete maravilhas do mundo antigo ainda de pé.Estas são as mais famosas,embora os arqueólogos já tenham encontrado mais de 80 pirâmides espalhadas pelo Egito,boa parte delas construídas entre a terceira e quarta dinastias,o que afirma a opulência e o poder que os faraós tiveram neste período.

Provavelmente influenciado por seu pai,Snefru,o faraó Quéops construiu a maior de todas as pirâmides,em um planalto à margem do deserto,a cerca de 8 quilómetros da cidade de Gizé.Estima-se que,quando pronto e intacto,o monumento deveria ser formado por aproximadamente 2 milhões e 300 mil blocos de pedra,cada uma delas pesando 2,5 toneladas,em média.Os blocos maiores chegam a pesar 15 toneladas.Não há registro de como as pedras foram levadas pelo deserto até o planalto de Gizé,o que dá margem a especulações.

Algumas teorias dão conta de que o granito era do Cairo.Há quem afirme que veio das pedreiras de Assuã.Outros,dizem que foi trazido da Arábia,pelo rio Nilo,em enormes embarcações.Colocadas em grandes pranchas de madeira,as pedras eram deslocadas sobre troncos roliços até o local da construção.A pirâmide de Quéops ocupa uma área de 54 mil metros quadrados e mede 137 metros de altura(estima-se que,quando erguida,medisse 146 metros).

O corpo de Quéops pode ter sido sepultado ali,mas sua múmia nunca foi encontrada violada e o cadáver,talvez,tenha sido roubado junto com outros tesouros.
Especula-se que o quarto rei da quarta dinastia,Quéfren,era irmão de Quéops.O sarcófago do faraó foi encontrado dentro da pirâmide que ele mandou construir próximo à do irmão,mas seu corpo não estava lá dentro.Com 48 mil metros quadrados,a pirâmide de Quéfren é a segunda maior de todas.Hoje, mede 136 metros,embora tenha medido aproximadamente 143 metros quando foi construída.Em frente a ela é que se encontra a famosa Esfinge,uma enorme figura esculpida sobre um conjunto rochoso.A face da Esfinge representa o rosto do faraó.Miquerinos,que pode ter sido filho de Quéfren,construiu a menor das três pirâmides,também próxima às tumbas de seus supostos pai e tio.O monumento mede hoje 62 metros de altura,4 metros a menos do que media há 4500 anos.Sua área é de cerca de 11mil metros quadrados,ou seja:apenas 1/4 do que a pirâmide de Quéops.

sexta-feira

A Fotografia



História da Fotografia
Quando surgiu...
Na França quando ainda vivia um período de instabilidade política, em meados do século XIX, conseqüência da RevoluçãoFrancesa e do Império Napoleônico, surgiu uma nova profissão, reconhecida mais tarde, também como arte: a fotografia.
Registros revelam que na época de Aristóteles já se conhecia o fenômeno de produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício e boa parte dos princípios básicos da óptica e da química que envolveriam mais tarde o surgimento da fotografia
Durante a Renascença, uma lente foi colocada num pequeno orifício e obteu-se uma melhor qualidade da imagem. A câmara obscura começou a se tornar cada vez menor, até se transformar em um objeto que pudesse ser levado para qualquer lugar.
Quando a França ainda vivia um período de instabilidade política, em meados do século XIX, conseqüência da RevoluçãoFrancesa e do Império Napoleônico, surgiu uma nova profissão, reconhecida mais tarde, também como arte: a fotografia.
Na verdade, registros revelam que na época de Aristóteles já se conhecia o fenômeno de produção de imagens pelapassagem da luz através de um pequeno orifício e boa parte dos princípios básicos da óptica e da química que envolveriammais tarde o surgimento da fotografia.
No século X, o erudito árabe Alhazen mostrou como observar um eclipse solar no interior de uma câmara obscura: um quarto às escuras, com um pequeno orifício aberto para o exterior.
Durante a Renascença, uma lente foi colocada num pequeno orifício e obteu-se uma melhor qualidade da imagem. A câmara obscura começou a se tornar cada vez menor, até se transformar em um objeto que pudesse ser levado para qualquer lugar.
Já com um tamanho portátil, no século XVII, a câmara obscura era utilizada por muitos pintores na execução de suas obras.
Um cientista italiano, Angelo Sala, em 1604, observou o escurecimento de um certo composto de prata por exposição ao sol,mas não conseguia fixar a imagem que acabava desaparecendo.
Muitos foram os estudiosos que ao passar dos anos acrescentaram novas descobertas: em 1725 com Johan Heinrich Schulze, um professor de medicina da Universidade de Aldorf, na Alemanha e no início do século XIX com Thomas Wedgwook,que, assim como Schulze obteve silhuetas fixas em negativo, mas a luz continuava a escurecer as imagens.

A Fotografia....

De fato, surgiu no verão de 1826, pelo inventor e litógrafo francês Joseph Nicéphore Niépce. Em fevereiro de 1827,Niépce recebeu uma carta de Louis Daguerre, de Paris, que manifestou seu interesse em gravar imagens. Em 1829, tornaram-se sócios, mas Niépce morre em 1833. Seis anos depois, em 7 de janeiro de 1839, Daguerre revela à AcademiaFrancesa de Ciências um processo que originava as fotografias ou os daguerreótipos ( O sistema criado por Daguerre constava de uma fotografia, que era revelada sobre uma placa de cobre polida e que, depois de certo tempo, perdendo sua coloração, ficava brilhante, dando a impressão de ter sido revelada sobre uma lâmina de espelho).
A fotografia atraiu a atenção de tantas pessoas que, movidos pelo entusiasmo, tornaram-se adeptos daquela técnica. Assim,tanto em Londres como em Paris, houve um avanço na compra de lentes e reagentes químicos.
Os fotógrafos e suas câmeras fotográficas (caixas de formas estranhas) começavam a registrar suas imagens.
Fotografar tornou-se uma atividade em franca expansão. Rapidamente tomou conta do mundo. Em 1853, cerca de 10 mil americanos produziram três milhões de fotos, e três anos mais tarde a Universidade de Londres já incluía em seu currículo a fotografia.

Surgimento da Kodak...

Em junho de 1888, com George Eastman, surge a Kodak. A fotografia tornou-se mais popular com este tipo de câmera que era bem mais leve, de baixo custo e simples de operar.
A fotografia deu ao homem um visão real do mundo, tornando-se assim, um instrumento de como captar imagens dos registros da História.
Já com um tamanho portátil, no século XVII, a câmara obscura era utilizada por muitos pintores na execução de suas obras.
Um cientista italiano, Angelo Sala, em 1604, observou o escurecimento de um certo composto de prata por exposição ao sol,mas não conseguia fixar a imagem que acabava desaparecendo.
Foram muitos os estudiosos que ao passar dos anos acrescentaram novas descobertas: em 1725 com Johan HeinrichSchulze, um professor de medicina da Universidade de Aldorf, na Alemanha e no início do século XIX com Thomas Wedgwook,que, assim como Schulze obteve silhuetas fixas em negativo, mas a luz continuava a escurecer as imagens.

Poesia fr.

Vivre
Processus compliqué,
Monde individualiste,
Humains ti'teus,
Par le simples plaisir de leurs intérí'ts,
Ridicules,Mesquines,Ígoístes
Ainsi je suis et toute ces gens qu'il vit e mon contour
Charge,pra que?
Tu seulement il sera accepté s'il fait partie de ce cirque
Alors il continue e en i'tre um clown.
Bia Coelho

Discurso Final "O Grande Ditador"

Charles Chaplin em "O Grande Ditador"


"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!"

quarta-feira

História e Regras do Tênis



Conhecendo o Tênis

Alguns estudiosos dizem que o esporte,como conhecemos hoje,teve suas raízes no "jeu de paume",praticado na França entre os séculos XII e XVI.Na modalidade,dois times rebatiam uma bolinha com a palma da mão.Por volta de 1870,o major inglês Walter Wingfield estudou as regras antigas,criou outras e deu origem,assim,ao tênis moderno.O primeiro torneio aconteceu em Wimbledon,um subúrdio de Londres,em 1877.As partidas podem ser disputadas entre homens,mulheres,duplas masculinas,femininas e mista(um homem e uma mulher por dupla).

O objetivo do tênis é fazer com que a bola atravesse a rede e quique dentro da quadra adversária.Durante a partida,os jogadores devem rebater a bolinha antes e depois de ela quicar uma vez.Se quicar duas vezes,parar na rede ou for rebatida para fora da quadra,o ponto será do adversário.Para definir quem começa a partida é feito um sorteio.O vencedor escolhe se quer começar sacando ou lado da quadra em que vai jogar primeiro.

Os tipos de superfície

O piso das quadras pode ser de saibro,cimento,material sintético ou grama.No saibro, o jogo é mais lento.No cimento e no material sintético é rápido.E na grama,muuuuuito rápido.

A Partida

É dividida em sets,games e pontos.Quem ganha dois sets primeiro vence(há torneios que se deve vencer três).

O Set

É uma série de games.O que ganhar seis games,com diferença de dois,vence o set.Se o placar ficar empatado em 5 a 5,saõ jogados mais dois games.Se empatar em 6,joga-se o tiebreak.

O Game

É uma seqüência de pontos.Conta-se 0,15,30,40 e game.Se há empate de 40 a 40,vence o game que fizer dois pontos seguidos.

O Tiebreak

Cada jogada vale um ponto.O primeiro tenista saca uma vez e depois os jogadores alternam dois saques.O jogador que fizer sete pontos,com uma margem mínima de dois,vence o game e o set.Se empatar em 6 a 6 ganha aquele que conseguir dois pontos de diferença primeiro.

A Bola

É feita de borracha e coberta por lã,algodão e fibras sintéticas.Peso de 56,70 a 58,47 gramas.Diâmetro 6,35 centímetros.

A Raquete

Através dos tempos,sua estrutura evoluiu da idade da madeira(1877 à década de 1970)e chegou aos componentes de metal,como alumínio e titânio.As cordas são de náilon.O comprimento total,do cabo à área das cordas,só pode chegar a 73,66 centímetros.

segunda-feira

Poesia




Olavo Bilac
VIA-LÁCTEA

I

Talvez sonhasse, quando a vi. Mas viaQue, aos raios do luar iluminada,Entre as estrelas trêmulas subiaUma infinita e cintilante escada.E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cadaDegrau, que o ouro mais límpido vestia,Mudo e sereno, um anjo a harpa doirada,Ressoante de súplicas, feria...Tu, mãe sagrada! vós também, formosasIlusões! sonhos meus! Íeis por elaComo um bando de sombras vaporosas.E, ó meu amor! eu te buscava, quando Vi que no alto surgias, calma e bela, O olhar celeste para o meu baixando...

II
Tudo ouvirás, pois que, bondosa e pura,Me ouves agora com melhor ouvido:Toda a ansiedade, todo o mal sofridoEm silêncio, na antiga desventura...Hoje, quero, em teus braços acolhido,Rever a estrada pavorosa e escuraOnde, ladeando o abismo da loucura,Andei de pesadelos perseguido.Olha-a: torce-se toda na infinita Volta dos sete círculos do inferno... E nota aquele vulto: as mãos eleva,Tropeça, cai, soluça, arqueja, grita, Buscando um coração que foge, e eterno Ouvindo-o perto palpitar na treva.

III

Tantos esparsos vi profusamentePelo caminho que, a chorar, trilhava!Tantos havia, tantos! E eu passavaPor todos eles frio e indiferente...Enfim! enfim! pude com a mão trementeAchar na treva aquele que buscava...Por que fugias, quando eu te chamava,Cego e triste, tateando, ansiosamente?Vim de longe, seguindo de erro em erro, Teu fugitivo coração buscando E vendo apenas corações de ferro.Pude, porém, tocá-lo soluçando...E hoje, feliz, dentro do meu o encerro,E ouço-o, feliz, dentro do meu pulsando.

IV

Como a floresta secular, sombria,Virgem do passo humano e do machado,Onde apenas, horrendo, ecoa o bradoDo tigre, e cuja agreste ramaria
Não atravessa nunca a luz do dia, Assim também, da luz do amor privado,Tinhas o coração ermo e fechado, Como a floresta secular, sombria...Hoje, entre os ramos, a canção sonora Soltam festivamente os passarinhos. Tinge o cimo das árvores a aurora...Palpitam flores, estremecem ninhos... E o sol do amor, que não entrava outrora, Entra dourando a areia dos caminhos.

V

Dizem todos: "Outrora como as avesInquieta, como as aves tagarela,E hoje... que tens? Que sisudez revelaTeu ar! que idéias e que modos graves!Que tens, para que em pranto os olhos laves?Sê mais risonha, que serás mais bela!"Dizem. Mas no silêncio e na cautelaFicas firme e trancada a sete chaves...E um diz: "Tolices, nada mais!" MurmuraOutro: "Caprichos de mulher faceira!"E todos eles afinal: "Loucura!"Cegos que vos cansais a interrogá-la!Vê-la bastava; que a paixão primeiraNão pela voz, mas pelos olhos fala.

VI

Em mim também, que descuidado vistes, Encantado e aumentando o próprio encanto,Tereis notado que outras cousas canto Muito diversas das que outrora ouvistes.Mas amastes, sem dúvida... Portanto,Meditais nas tristezas que sentistes:Que eu, por mim, não conheço cousas tristes,Que mais aflijam, que torturem tanto.Quem ama inventa as penas em que vive:E, em lugar de acalmar as penas, antesBusca novo pesar com que as avive.Pois sabei que é por isso que assim ando:Que é dos loucos somente e dos amantesNa maior alegria andar chorando.

VII

Não têm faltado bocas de serpentes,(Dessas que amam falar de todo o mundo,E a todo o mundo ferem, maldizentes)Que digam: "Mata o teu amor profundo!Abafa-o, que teus passos imprudentesTe vão levando a um pélago sem fundo...Vais te perder!" E, arreganhando os dentes,Movem para o teu lado o olhar imundo:"Se ela é tão pobre, se não tem beleza, Irás deixar a glória desprezada E os prazeres perdidos por tão pouco?Pensa mais no futuro e na riqueza!"E eu penso que afinal... Não penso nada:Penso apenas que te amo como um louco!

VIII

Em que céus mais azuis, mais puros ares,Voa pomba mais pura? Em que sombriaMoita mais nívea flor acaricia,A noite, a luz dos límpidos luares?Vives assim, como a corrente fria,Que, intemerata, aos trêmulos olharesDas estrelas e à sombra dos palmares,Corta o seio das matas, erradia.E envolvida de tua virgindade, De teu pudor na cândida armadura, Foges o amor, guardando a castidade,- Como as montanhas, nos espaços francos Erguendo os altos píncaros, a alvura Guardam da neve que lhes cobre os flancos.

IX

De outras sei que se mostram menos frias,Amando menos do que amar pareces.Usam todas de lágrimas e preces:Tu de acerbas risadas e ironias.De modo tal minha atenção desvias,Com tal perícia meu engano teces,Que, se gelado o coração tivesses,Certo, querida, mais ardor terias.Olho-te: cega ao meu olhar te fazes...Falo-te - e com que fogo a voz levanto! -
Em vão... Finges-te surda às minhas frases..Surda: e nem ouves meu amargo pranto!Cega: e nem vês a nova dor que trazesÀ dor antiga que doía tanto!

X

Deixa que o olhar do mundo enfim devasseTeu grande amor que e teu maior segredo!Que terias perdido, se, mais cedo,Todo o afeto que sentes se mostrasse?Basta de enganos! Mostra-me sem medoAos homens, afrontando-os face a face:Quero que os homens todos, quando eu passe,Invejosos, apontem-me com o dedo.Olha: não posso mais! Ando tão cheioDeste amor, que minh'alma se consomeDe te exaltar aos olhos do universo.Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:E, fatigado de calar teu nome, Quase o revelo no final de um verso.

XI

Todos esses louvores, bem o viste,Não conseguiram demudar-me o aspecto:Só me turbou esse louvor discretoQue no volver dos olhos traduziste...Inda bem que entendeste o meu afetoE, através destas rimas, pressentisteMeu coração que palpitava, triste,E o mal que havia dentro em mim secreto.Ai de mim, se de lágrimas inúteisEstes versos banhasse, ambicionandoDas néscias turbas os aplausos fúteis!Dou-me por pago, se um olhar lhes deres:Fi-los pensando em ti, fi-los pensando
Na mais pura de todas as mulheres.

XII

Sonhei que me esperavas. E, sonhando,Saí, ansioso por te ver: corria...E tudo, ao ver-me tão depressa andando,Soube logo o lugar para onde eu ia.E tudo me falou, tudo! Escutando Meus passos, através da ramaria, Dos despertados pássaros o bando:"Vai mais depressa! Parabéns!" dizia.Disse o luar: "Espera! que eu te sigo:Quero também beijar as faces dela!"E disse o aroma: "Vai, que eu vou contigo!"E cheguei. E, ao chegar, disse uma estrela:"Como és feliz! como és feliz, amigo, Que de tão perto vais ouvi-la e vê-la!"

XIII

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto...E conversamos toda a noite, enquantoA via-láctea, como um pálio aberto,Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,Inda as procuro pelo céu deserto.Direis agora: "Tresloucado amigo!Que conversas com elas? Que sentidoTem o que dizem, quando estão contigo?"E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvidoCapaz de ouvir e de entender estrelas".

XIV

Viver não pude sem que o fel provasseDesse outro amor que nos perverte e engana:Porque homem sou, e homem não há que passeVirgem de todo pela vida humana.Por que tanta serpente atra e profanaDentro d'alma deixei que se aninhasse?Por que, abrasado de uma sede insana,A impuros lábios entreguei a face?Depois dos lábios sôfregos e ardentes, Senti - duro castigo aos meus desejos -O gume fino de perversos dentes...E não posso das faces poluídasApagar os vestígios desses beijosE os sangrentos sinais dessas feridas!

XV

Inda hoje, o livro do passado abrindo,Lembro-as e punge-me a lembrança delas;Lembro-as, e vejo-as, como as vi partindo,Estas cantando, soluçando aquelas.Umas, de meigo olhar piedoso e lindo,Sob as rosas de neve das capelas;Outras, de lábios de coral, sorrindo,Desnudo o seio, lúbricas e belas...Todas, formosas como tu, chegaram, Partiram... e, ao partir, dentro em meu seio Todo o veneno da paixão deixaram.Mas, ah! nenhuma teve o teu encanto, Nem teve olhar como esse olhar, tão cheio De luz tão viva, que abrasasse tanto!

XVI

Lá fora, a voz do vento ulule rouca!Tu, a cabeça no meu ombro inclina,E essa boca vermelha e pequeninaAproxima, a sorrir, de minha boca!Que eu a fronte repouse ansiosa e loucaEm teu seio, mais alvo que a neblinaQue, nas manhãs hiemais, úmida e fina,Da serra as grimpas verdejantes touca!Solta as tranças agora, como um manto! Canta! Embala-me o sono com teu canto! E eu, aos raios tranqüilos desse olhar,Possa dormir sereno, como o rio Que, em noites calmas, sossegado e frio, Dorme aos raios de prata do luar!...

XVII

Por estas noites frias e brumosas É que melhor se pode amar, querida!Nem uma estrela pálida, perdida Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas...Mas um perfume cálido de rosasCorre a face da terra adormecida...E a névoa cresce, e, em grupos repartida,Enche os ares de sombras vaporosas:Sombras errantes, corpos nus, ardentesCarnes lascivas... um rumor vibranteDe atritos longos e de beijos quentes...E os céus se estendem, palpitando, cheiosDa tépida brancura fulguranteDe um turbilhão de braços e de seios.

XVIII

Dormes... Mas que sussurro a umedecidaTerra desperta? Que rumor enlevaAs estrelas, que no alto a Noite levaPresas, luzindo, à túnica estendida?São meus versos! Palpita a minha vidaNeles, falenas que a saudade elevaDe meu seio, e que vão, rompendo a treva,Encher teus sonhos, pomba adormecida!Dormes, com os seios nus, no travesseiro Solto o cabelo negro... e ei-los correndo, Doudejantes, subtis, teu corpo inteiro...Beijam-te a boca tépida e macia, Sobem, descem, teu hálito sorvendo... Por que surge tão cedo a luz do dia?!...

XIX

Sai a passeio, mal o dia nasce,Bela, nas simples roupas vaporosas;E mostra às rosas do jardim as rosasFrescas e puras que possui na face.Passa. E todo o jardim, por que ela passe,Atavia-se. Há falas misteriosasPelas moitas, saudando-a respeitosas...É como se uma sílfide passasse!E a luz cerca-a, beijando-a. O vento é um choro...Curvam-se as flores trêmulas... O bandoDas aves todas vem saudá-la em coro...E ela vai, dando ao sol o rosto brando, Às aves dando o olhar, ao vento o louro Cabelo, e às flores os sorrisos dando..

XX

Olha-me! O teu olhar sereno e brandoEntra-me o peito, como um largo rioDe ondas de ouro e de luz, límpido, entrandoO ermo de um bosque tenebroso e frio.Fala-me! Em grupos doudejantes, quandoFalas, por noites cálidas de estio,As estrelas acendem-se, radiando,Altas, semeadas pelo céu sombrio.Olha-me assim! Fala-me assim! De pranto Agora, agora de ternura cheia, Abre em chispas de fogo essa pupila...E enquanto eu ardo em sua luz, enquantoEm seu fulgor me abraso, uma sereiaSoluce e cante nessa voz tranqüila!

XXI

A minha mãe.
Sei que um dia não há (e isso é bastanteA esta saudade, mãe!) em que a teu ladoSentir não julgues minha sombra errante,Passo a passo a seguir teu vulto amado.- Minha mãe! minha mãe! - a cada instanteOuves. Volves, em lágrimas banhado,O rosto, conhecendo soluçanteMinha voz e meu passo costumado.E sentes alta noite no teu leito Minh'alma na tua alma repousando, Repousando meu peito no teu peito...E encho os teus sonhos, em teus sonhos brilho,E abres os braços trêmulos, chorando,Para nos braços apertar teu filho!

XXII

A Goethe.
Quando te leio, as cenas animadasPor teu gênio, as paisagens que imaginas,Cheias de vida, avultam repentinas,Claramente aos meus olhos desdobradas...Vejo o céu, vejo as serras coroadasDe gelo, e o sol, que o manto das neblinasRompe, aquecendo as frígidas campinasE iluminando os vales e as estradas.Ouço o rumor soturno da charrua,E os rouxinóis que, no carvalho erguido,A voz modulam de ternuras cheia:E vejo, à luz tristíssima da lua, Hermann, que cisma, pálido, embebido No meigo olhar da loura Dorotéia.

XXIII
De Calderón.
Laura! dizes que Fábio anda ofendidoE, apesar de ofendido, namorado,Buscando a extinta chama do passadoNas cinzas frias avivar do olvido.Vá que o faça, e que o faça por perdidoDe amor... Creio que o faz por despeitado:Porque o amor, uma vez abandonado,Não torna a ser o que já tinha sido.Não lhe creias nos olhos nem na boca, Inda mesmo que os vejas, como pensas, Mentir carícias, desmentir tristezas...Porque finezas sobre arrufos, louca, Finezas podem ser; mas, sobre ofensas, Mais parecem vinganças que finezas.

XXIV

A Luís Guimarães.
Vejo-a, contemplo-a comovido... AquelaQue amaste, e, de teus braços arrancada,Desceu da morte a tenebrosa escada,Calma e pura aos meus olhos se revela.Vejo-lhe o riso plácido, a singelaFeição, aquela graça delicada,Que uma divina mão deixou vazadaNo eterno bronze, eternamente bela.Só lhe não vejo o olhar sereno e triste:- Céu, poeta, onde as asas, suspirando, Chorando e rindo loucamente abriste...- Céu povoado de estrelas, onde as bordas Dos arcanjos cruzavam-se, pulsando Das liras de ouro as gemedoras cordas...

XXV

A Bocage.
Tu, que no pego impuro das orgiasMergulhavas ansioso e descontente,E, quando à tona vinhas de repente,Cheias as mãos de pérolas trazias;Tu, que do amor e pelo amor vivias,E que, como de límpida nascente,Dos lábios e dos olhos a torrenteDos versos e das lágrimas vertias;Mestre querido! viverás, enquanto Houver quem pulse o mágico instrumento, E preze a língua que prezavas tanto:E enquanto houver num canto do universoQuem ame e sofra, e amor e sofrimentoSaiba, chorando, traduzir no verso.

XXVI

Quando cantas, minh'alma desprezandoO invólucro do corpo, ascende às belasAltas esferas de ouro, e, acima delas,Ouve arcanjos as citaras pulsando.Corre os países longes, que revelasAo som divino do teu canto: e, quandoBaixas a voz, ela também, chorando,Desce, entre os claros grupos das estrelas.E expira a tua voz. Do paraíso,A que subira ouvindo-te, caído,Fico a fitar-te pálido, indeciso...E enquanto cismas, sorridente e casta,A teus pés, como um pássaro ferido,Toda a minh'alma trêmula se arrasta...

XXVII

Ontem - néscio que fui! - maliciosa Disse uma estrela, a rir, na imensa altura:"Amigo! uma de nós, a mais formosa De todas nós, a mais formosa e pura,Faz anos amanhã... Vamos! procuraA rima de ouro mais brilhante, a rosaDe cor mais viva e de maior frescura!"E eu murmurei comigo: "Mentirosa!"E segui. Pois tão cego fui por elas, Que, enfim, curado pelos seus enganos, Já não creio em nenhuma das estrelas...E - mal de mim! - eis-me, a teus pés, em pranto... Olha: se nada fiz para os teus anos, Culpa as tuas irmãs que enganam tanto!

XXVIII

Pinta-me a curva destes céus... Agora,Erecta, ao fundo, a cordilheira apruma:Pinta as nuvens de fogo de uma em uma,E alto, entre as nuvens, o raiar da aurora.Solta, ondulando, os véus de espessa bruma,E o vale pinta, e, pelo vale em fora,A correnteza túrbida e sonoraDo Paraíba, em torvelins de espuma.Pinta; mas vê de que maneira pintas... Antes busques as cores da tristeza, Poupando o escrínio das alegres tintas:- Tristeza singular, estranha mágoa De que vejo coberta a natureza, Porque a vejo com os olhos rasos d'água.

XXIX

Por tanto tempo, desvairado e aflito,Fitei naquela noite o firmamento,Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito,Tudo aquilo me vem ao pensamento.Saí, no peito o derradeiro gritoCalcando a custo, sem chorar, violento...E o céu fulgia plácido e infinito,E havia um choro no rumor do vento...Piedoso céu, que a minha dor sentiste! A áurea esfera da lua o ocaso entrava, Rompendo as leves nuvens transparentes;E sobre mim, silenciosa e triste,A via-láctea se desenrolavaComo um jorro de lágrimas ardentes.

XXX

Ao coração que sofre, separadoDo teu, no exílio em que a chorar me vejo,Não basta o afeto simples e sagradoCom que das desventuras me protejo.Não me basta saber que sou amado,Nem só desejo o teu amor: desejoTer nos braços teu corpo delicado,Ter na boca a doçura de teu beijo.E as justas ambições que me consomemNão me envergonham: pois maior baixezaNão há que a terra pelo céu trocar;E mais eleva o coração de um homem Ser de homem sempre e, na maior pureza, Ficar na terra e humanamente amar.

XXXI

Longe de ti, se escuto, porventura,Teu nome, que uma boca indiferenteEntre outros nomes de mulher murmura,Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...Tal aquele, que, mísero, a torturaSofre de amargo exílio, e tristementeA linguagem natal, maviosa e pura,Ouve falada por estranha gente.Porque teu nome é para mim o nome De uma pátria distante e idolatrada, Cuja saudade ardente me consome:E ouvi-lo é ver a eterna primaveraE a eterna luz da terra abençoada,Onde, entre flores, teu amor me espera.

XXXII

A um poeta.
Leio-te: - o pranto dos meus olhos rola:- Do seu cabelo o delicado cheiro, Da sua voz o timbre prazenteiro, Tudo do livro sinto que se evola...Todo o nosso romance: - a doce esmolaDo seu primeiro olhar, o seu primeiroSorriso, - neste poema verdadeiro,Tudo ao meu triste olhar se desenrola.Sinto animar-se todo o meu passado:E quanto mais as páginas folheio, Mais vejo em tudo aquele vulto amado.Ouço junto de mim bater-lhe o seio, E cuido vê-la, plácida, a meu lado, Lendo comigo a página que leio.

XXXIII

Como quisesse livre ser, deixandoAs paragens natais, espaço em fora,A ave, ao bafejo tépido da aurora,Abriu as asas e partiu cantando.Estranhos climas, longes céus, cortandoNuvens e nuvens, percorreu: e, agoraQue morre o sol, suspende o vôo, e chora,E chora, a vida antiga recordando...E logo, o olhar volvendo compungidoAtrás, volta saudosa do carinho,D0 calor da primeira habitação...Assim por largo tempo andei perdido:Ah! que alegria ver de novo o ninho, Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!

XXXIV

Quando adivinha que vou vê-la, e à escadaOuve-me a voz e o meu andar conhece,Fica pálida, assusta-se, estremece,E não sei por que foge envergonhada.Volta depois. À porta, alvoroçada,Sorrindo, em fogo as faces, aparece:E talvez entendendo a muda preceDe meus olhos, adianta-se apressada.Corre, delira, multiplica os passos; E o chão, sob os seus passos murmurando, Segue-a de um hino, de um rumor de festa...E ah! que desejo de a tomar nos braços,O movimento rápido sustandoDas duas asas que a paixão lhe empresta.

XXXV

Pouco me pesa que mofeis sorrindoDestes versos puríssimos e santos:Porque, nisto de amor e íntimos prantos,Dos louvores do público prescindo.Homens de bronze! um haverá, de tantos,(Talvez um só) que, esta paixão sentindo,Aqui demore o olhar, vendo e medindoO alcance e o sentimento destes cantos.Será esse o meu público. E, decerto, Esse dirá: "Pode viver tranqüilo Quem assim ama, sendo assim amado!"E, trêmulo, de lágrimas coberto, Há de estimar quem lhe contou aquilo Que nunca ouviu com tanto ardor contado.

A civilização Asteca


A civilização Asteca Espanhóis,em busca de novas terras na América, Tiveram que enfrentar um povo desconhecido.
Os astecas ou mexinas(ramo dos chichimecas)foram um povo nativo do México,que intituiu um império no século 15.Vindos do norte,no século 13,eles penetraram no atual vale do México,onde fundaram,em 1325,a cidade de Tenochtitlan(hoje Cidade do México),Texcoco e Tlapopán,dominada por um soberano asteca que ocupou gradualmente as regiões vizinhas e submeteu ao seu domínio,até o início do século 16,quase todo o México central.
Todos os submetidos pagavam tributos à tribo tepaneca de Atzcapotzalco.Em 1440,a agressividade dos tepanecas fez surgir uma tríplice aliança ente as cidades de Tenochtitlan,Texcoco e Tlacopán,que acabou por vencer os tepanecas,começando uma expansão territorial pela zona ocidental do vale do México.Sob o reinado de Montezuma Io Velho,os astecas tornaram-se um povo temido e vitorioso,que chegou a ampliar seus domínios em mais de 200km.Axayácatl,o sucessor de Montezuma,em 1469,conquistou a cidade de Tlatetolco e o vale de Toluta. Arte Diversa Esculturas,como "Serpente de Duas Cabeças",que se encontra no Museu Britânico,em Londres,são marcas da civilização asteca."Sarcedote",uma pintura mural,é outro destaque que está presente no Museu Nacional de Antropologia(México).Estátuas também são famosas,como a do XipeTotec(Museu Etmográfico,Brasiléia)e a da região de San Agustín.